domingo, 18 de outubro de 2009

Milágrimas

- Escrita por Itamar Assunção e Cantada por Zélia Duncan


Em caso de dor, ponha gelo
Mude o corte do cabelo, mude como modelo

Vá ao cinema, dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo

Se amargo for já ter sido
Troque já este vestido, troque o padrão do tecido

Saia do sério, deixe os critérios
Siga todos os sentidos, faça fazer sentido

A cada milágrimas sai um milagre

Em caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa, coma somente a cereja

Jogue para cima, faça cena
Cante as rimas de um poema, sofra apenas, viva apenas

Sendo só fissura, ou loucura
Quem sabe casando cura, ninguém sabe o que procura

Faça uma novena, reze um terço
Caia fora do contexto, invente seu endereço

A cada milágrimas sai um milagre

Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável, sinta o gosto do sal

Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre

A cada milágrimas sai um milagre

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